Ao recordar a conversão do apóstolo Paulo (At 9,1-30.) temos que ter em mente duas coisas: o amor ao Evangelho e a missão. Saulo, como era conhecido antes de sua conversão, era o tipo de pessoa da qual os cristãos da época tinham medo. Veja bem: no início da Igreja cristã, o cristianismo era visto como uma seita pelo povo judeu e, tal ”novidade” tinha que ser combatida. Saulo, um fariseu convicto e seguidor dos preceitos religiosos no qual estava inserido, era um dos principais perseguidores dos cristãos e cumpria à risca suas tarefas. Até que, certo dia, a caminho de Damasco, ele foi acometido pela ação misericordiosa de Deus, “cai do cavalo” (At 9,4) e tem seu batismo realizado por Ananias (At 9,17-19) assumindo seu nome romano de Paulo.
Paulo não muda apenas de postura. Ele muda sua mentalidade. Certamente ele conhecia quem fora Jesus Cristo, conhecia seus feitos e milagres. Uma vez que ele tem o conhecimento da verdade de quem é Cristo, começa sua missão de evangelizar, passando de perseguidor a perseguido por conta do Evangelho. Ora, mas o que ele fez de tão importante? É por meio dele que os gentios, os pagãos se converteram. Paulo fez inúmeras viagens, sofreu na pele as mazelas e as alegrias da missão de Cristo, pregou no sinédrio (At 22,22-30), falou de Jesus Cristo em cidades completamente pagãs, foi expulso, apanhou, sofreu ataques e sabe de uma coisa? Nunca desanimou. Por conta de sua missão é que o cristianismo cresceu. Seu testemunho cativava, suas palavras eram alento ao coração do povo, o cristianismo se desenvolveu devido à coragem que ele teve de evangelizar.
O exemplo do apóstolo Paulo deixou uma pergunta: de que forma nós vivemos o nosso cristianismo? Em primeiro lugar temos que colocar Jesus Cristo no centro de nossa vida. Desse modo, o testemunho na família vai acontecer, assim como no ambiente de trabalho e nos demais afazeres cotidianos. Jesus é centro da nossa fé. Temos que gastar Nele toda nossa vida com amor, ternura, levando seu Evangelho a todos que estão ao nosso redor – para quem sabe um dia poder dizer como Paulo em 2Tm 4,7-8: “Combati o bom combate, guardei a fé eu sou o Evangelho vivo de Cristo Jesus”. Peçamos à Santíssima Virgem Maria que nos dê mansidão no anúncio da Palavra e a Paulo que nos dê a coragem e o empenho nessa caminhada de sermos testemunhas do Evangelho de Cristo. Louvado seja o nome do nosso Senhor Jesus Cristo! Para sempre seja louvado!
Ricardo Vicente Campanuci – Seminarista da Arquidiocese de Londrina – 3° ano de Teologia.
