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A importância das Indulgências para a salvação

A importância das Indulgências para a salvação

As indulgências são uma realidade antiga na Igreja Católica. E no decorrer dos anos, foram motivo para os que creem, de rezar pelos falecidos e buscar a remissão dos pecados. “A indulgência é a remissão, diante de Deus, da pena temporal correspondente pelos pecados já perdoados quanto à culpa”. A indulgência se obtém de Deus, mediante a Igreja – que intervém em favor do Cristão e também o impulsiona a obras de piedade, de penitência e de caridade.

Funciona da seguinte forma: a absolvição sacramental livra a pessoa do inferno e a indulgência livra a pessoa do purgatório. O perdão dos pecados não resolve o problema das doenças espirituais do homem, portanto, as indulgências são necessárias para que os efeitos do pecado, ainda no coração humano, sejam curados.

Os que morrem na graça e na amizade de Deus, mas não estão completamente purificados, embora tenham garantida sua salvação eterna, passam, após sua morte, por uma purificação, a fim de obter a santidade necessária para entrar na alegria do céu. A Igreja denomina “purgatório”, esta purificação final dos eleitos, que é completamente diferente do castigo dos condenados.

O perdão do pecado após o Batismo é concedido por um sacramento próprio chamado de sacramento da Confissão, da Penitência ou Reconciliação. Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado. Nada tem consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro.

O movimento de volta a Deus, denominado conversão e arrependimento, implica dor e aversão aos pecados cometidos e o firme propósito de não mais pecar no futuro. Nutre-se da esperança na misericórdia divina.

O Sacramento da Penitência é constituído por três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Os atos do penitente são o arrependimento; a confissão ou manifestação dos pecados ao sacerdote; o propósito de cumprir a penitência e as obras de reparação.

Os efeitos espirituais desse sacramento são: reconciliação com Deus e com a Igreja, remissão da pena eterna devida aos pecados mortais; remissão, pelo menos em parte, das penas temporais – sequelas do pecado – além de paz e consolação espiritual.

Pelas indulgências, os fiéis podem obter para si mesmos e também para as almas do Purgatório a remissão de penas temporais, consequências do pecado. Ou seja, a indulgência é a remissão deste tempo do purgatório.

A Indulgência plenária redime totalmente a pena que a pessoa teria que cumprir no purgatório. Enquanto a parcial, redime só em partes. A plenária é totalmente eficaz e definitiva para as pessoas mortas. Por exemplo, se eu tenho um parente que faleceu e cumpro uma obra indulgenciada, essa pessoa então, estaria liberta de todo o tempo do seu purgatório.

Para alcançar a graça das indulgências plenárias, precisa-se de três condições: confissão, comunhão e oração pelo Santo Padre, o Papa. Estas três condições básicas sempre acompanham as obras que são indulgências plenárias.

A pessoa, para receber a indulgência, precisa ter condição para cumprir as obras. Se uma pessoa está em estado de pecado, numa situação irregular e não pode se confessar, logo, ela não pode receber indulgência.

As obras podem ser: uma visita a um cemitério, uma Igreja, a um santuário; fazer uma peregrinação, dentre outras práticas. Geralmente essas obras são publicadas oficialmente pela própria Igreja.

De acordo com o Manual das Indulgências (n.67), no dia 2 de novembro, dia de finados, é possível à concessão de indulgência plenária, “aplicável somente às almas do purgatório, aos fiéis que no dia da comemoração de todos os fiéis defuntos, visitarem piedosamente uma igreja ou oratório. Na piedosa visita se recitam a oração dominical e o símbolo dos apóstolos: Pai-nosso e Creio”.

Além disso, de acordo com o mesmo Manual (n.13), “os fiéis, que visitarem devotamente um cemitério e rezar, mesmo em espírito, pelos defuntos, concede-se indulgência aplicável somente às almas do purgatório. Esta indulgência será plenária, cada dia, de 1 a 8 de novembro”.

Portanto, a confissão individual e integral dos pecados graves, seguida da absolvição, continua sendo o único meio ordinário de reconciliação com Deus e com a Igreja. No entanto, uma vez que os fiéis defuntos em vias de purificação também são membros da mesma comunhão dos santos, podemos ajudá-los, entre outros modos, obtendo em favor deles indulgências para libertação das penas temporais pertinentes aos seus pecados.

Por Erika Damasio
Jornalista

 

 

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