Desde a segunda-feira, a Palavra do Senhor quer no capítulo quinto de Lucas quer no capítulo sétimo de Mateus apresenta-nos toda uma realidade – como ouvimos desde o momento no qual Jesus entra em um diálogo íntimo com seus discípulos sobre o caráter fundamental da oração.
Vimos, na segunda, que na mentalidade iaraelita a retribuição era fundamental.
Na terça, vimos que Jesus nos ensina a orar a partir de um pedido dos discípulos: “ensinai-nos a rezar”.
Ontem, o Evangelho nos colocou a propriedade, a solidez da oração.
E, hoje, nos é entregue a regra de outro da experiência espiritual de todos nós. Tudo aquilo que nós queremos para nós, será dado para os nossos irmãos também. Não faças a alguém aquilo que não tu queres para ti. Antecede essa expressão, que é a pedra de ouro, um caminho que parte de um pedido.
Quem bate a porta receberá a possibilidade de que a porta lhe seja aberta. Mas quando a tua porta for batida tu também deverá abrir a porta.
Quando alguém te pedir algo, não lhe dê algo que pode agredi-lo, muito pelo contrário, se nós que somos maus sabemos dar coisas boas, muito mais ainda o Senhor, que é o nosso Pai, que cuida com ternura.
Na filiação divina há um ponto irrevogável: Deus nos ama tal e como somos e, precisamente por isso, suplicamos, pedimos que seu amor e as nossas súplicas tenham um sentido profundo de comunhão.
Vale a pena pensar na belíssima expressão da rainha Ester: “Agora estou sozinha, não tenho mais ninguém, só tenho a ti, e eu sei, Senhor, me ajudará nesse tempo.”
Amém
Padre Rafael Solano
cura da Catedral Metropolitana de Londrina
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LITURGIA 02.03.2023
Quinta-feira da Primeira Semana da Quaresma
Primeira Leitura: Est 4,17n.p-r.aa-bb.gg-hh
Salmo Responsorial: Sl 137(138)
Evangelho: Mt 7,7-12