Começando o mês de maio, nada melhor do que falar sobre Nossa Senhora, pois este mês é a ela dedicado em virtude do dia 13 de maio ser o dia de Nossa Senhora de Fátima.
Responder à pergunta “quem é Maria na minha vida?” é algo muito singular, muito importante, porque eu sou consagrado a Nossa Senhora desde o ventre materno, minha mãe, sabendo pelo médico que a gravidez seria difícil, colocou o período de gravidez aos cuidados da Virgem Maria. Como tudo ocorreu bem, minha mãe, então, em agradecimento, colocou meu segundo nome como Aparecido, em homenagem a Nossa Senhora Aparecida de quem ela é muito devota.
Foi com minha mãe e meu pai que eu aprendi os primeiros passos na devoção a Virgem Maria.
Ao longo do tempo essa devoção foi aumentando e me lembro que com oito anos eu já tentava rezar o terço, como criança, é claro, não sabia contemplar os mistérios, mas rezava o Pai Nosso e as Ave Marias. Eu gostava de ver as imagens de Nossa Senhora, em casa tinha um quadro da Basílica de Aparecida que eu gostava de contemplar.
Nossa Senhora esteve presente na minha vida desde antes de eu nascer, mas há um episódio singular, quando eu ganhei o meu escapulário, em 2010. Os Arautos do Evangelho estavam fazendo uma visita à família de alguns amigos, em Cambé, foi, então, que tive a oportunidade de conhecê-los e me presentearam com um lindo poster de Nossa Senhora de Fátima e um escapulário. Na época eu não conhecia Nossa Senhora do Carmo, nem o escapulário. Naquele exato momento, sem eu saber o porquê, fiquei devoto de Nossa Senhora do Carmo. Fui pesquisar a história, tanto do escapulário quanto da Virgem do Carmelo, fiquei encantado. Alguns meses depois conheci os freis Carmelitas descalços, irmãos da Bem-Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo, de cuja espiritualidade comungo. Eu já era devoto de Nossa Senhora do Carmo antes de conhecer a família do Carmelo.
Em 2011, por meio da Providência Divina, conheci o Tratado da Verdadeira Devoção à Virgem Maria, escrito por são Luís Maria Grignon de Montfort, decidi, então, fazer a preparação proposta no livro e me consagrar inteiramente à Virgem Maria, a santa escravidão. No livro aprendi muito, descobri quão profunda deve ser a devoção de todo católico a Nossa Senhora. Foi com São Luís Maria que eu aprendi, por exemplo, que nossa Senhora é a forma Dei, a forma de Deus, uma vez que os todos os cristãos são chamados a ser Cristo e já que Nossa Senhora gerou o Cristo na carne, ela pode gerar-nos como cristãos de maneira espiritual, isso é algo muito bonito que eu desconhecia completamente.
Outra coisa igualmente bonita e excepcional, que aprendi, é o fato de que todas as graças antes de chegarem até nós, passam pelas mãos puríssimas de Nossa Senhora, simplesmente porque Deus assim quer.
Aprendi com o Tratado a fazer tudo por Maria, com Maria e para Maria para que seja feito por Jesus, com Jesus e para Jesus. Nesse mesmo ano de 2011 eu aprofundava meu discernimento vocacional para o sacerdócio, por isso, também, entreguei à Virgem Santa a minha vocação. Consagrei a minha vocação a Nossa Senhora e toda a minha vida. Posso, finalmente, então, dizer que Maria é o fundamento da minha espiritualidade, ela é a ponte que me liga a Jesus, por ela eu me uno cada vez mais a Nosso Senhor Jesus Cristo e é por ela que passam todas as graças que Deus quer derramar na minha vida e no meu ministério.
A Virgem Maria é a minha querida mãe, a minha eterna intercessora, quem eu amo imensamente e a quem, diariamente, tudo entrego, porque sei que estará nos melhores cuidados possíveis. Sei que ainda não sou um filho digno de tão grande mãe, mas continuarei me esforçando para amá-la cada dia mais e para difundir a sua devoção e conquistar muitos corações para o seu Imaculado Coração.
Pe Juniar Padilha
vigário da Catedral Metropolitana de Londrina