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TODOS! TODOS!! TODOS!!

TODOS! TODOS!! TODOS!!

TODOS! TODOS!! TODOS!!

Nós que não estivemos fisicamente na JMJ em Lisboa mas que seguimos atentamente cada detalhe deste belo e apaixonante encontro do Papa Francisco com a juventude e com toda a igreja nos perguntamos: Por que será que o Papa Francisco proclamou, anunciou, exclamou muitas vezes: “TODOS, TODOS, TODOS”. Inclusive fez com que os jovens o repetissem cada um na sua língua.

Todos, All, Tutti, tous.

De novo o disse no encontro com os bispos, padres e agentes de pastoral: Todos, todos, todos têm direito a entrar na igreja. A igreja não é uma alfândega.
O disse com os universitários: Todos, Todos, Todos têm direito a uma educação de qualidade e fraternidade.
O disse na vigila: Jesus se dá por inteiro a Todos, todos todos!
O disse na via Sacra, o disse no avião de ida e de volta!!

Todos, todos, todos.
A igreja é para todos, a igreja deve receber todos, a igreja deve falar e dialogar com todos!
O disse para um irmão transexual: todos somos filhos e filhas de Deus.

Que bela lembrança Papa Francisco! Nos lembraste a todos que a salvação não é um fato isolado ou um evento exclusivo para alguns; que os destinatários da Boa Nova somos todos e que todos somos chamados a santidade.

Nos dizes que só o amor de Jesus não se compra! Que Ele chora com todos os que sofrem e com aqueles que não sofrem. E fizeste um gesto que para muitos pode não ter significado muito mas para os que estudamos semiologia é de uma transcendia única: Estiveste em Fátima e rezaste pela Paz sem publicidade! Isto quer dizer que rezaste pela paz de todos os povos da terra.

Somente um homem como tu é capaz de pedir a paz sem publicidade.

Afirmaste que quando se ama se faz o que Maria fez; sair correndo para visitar a sua prima Isabel e nos presenteaste com uma nova forma de chamar a Mãe de Deus e Mãe nossa: Nossa Senhora das presas! La Apurada! Sai correndo, deixa tudo para ajudar os outros. Deus nos ama a todos e só quando entendemos que somos todos então aí podemos entender que caminhar juntos é verdadeiramente possível.

Tua insistência foi para mim o preâmbulo do que acontecerá no sínodo.

Só teremos uma bela experiência sinodal se todos podemos participar, nos ouvir e comunicar. Não haverá sínodo só com os delegados que participem em Roma. Não haverá sínodo se todos não fazemos parte de cada momento e sobre tudo de cada passo. Todos precisamos alargar a tenda e assim podermos presenciar a riqueza de uma comunidade que se abre a todos!

Todos aqui não é o plural de um.

Pronome indefinido e sim o rosto de uma Igreja que percebe que cada membro faz parte do Coro místico de Cristo.
Fazer com que todos entendamos não será nada fácil mas se cada um de nós se empenha então seremos no mundo a realidade da fraternidade para todos!

Deixemos contagiar por este desejo de sermos todos UM.

Não permitamos que a proposta da JMJ se silencie; sejamos portadores desta grande empreitada que o sínodo nos propõe e que o Evangelho nos lembra quando em cada uma das suas Palavras Jesus sempre olhou para todos com misericórdia e ternura.

A pluralidade de todos, a beleza de todos a unidade de todos.

O mesmo Papa diz que isto não é uma piada; é um programa de vida, um jeito constante e atual de ser igreja. Todos somos chamados a deixar de lado nossos medos e proclamar a esperança que todos nós nutre e alimenta! Assim como São Paulo, papa Francisco repetira a todos, todos!todos! Que somos mensageiros da boa Nova de Jesus que deve ser ouvida por todos!

Obrigado querido Papa Francisco em nome de todos nós! Todos, todos, todos!

Padre Rafael Solano

cura da Catedral Metropolitana de Londrina

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