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“Quero lembrar-vos o Evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes.” (1 Cor 15, 1)

“Quero lembrar-vos o Evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes.” (1 Cor 15, 1)

Hoje nós temos a festa de dois grandes apóstolos: São Filipe e São Tiago.
E na primeira leitura, vemos algo que é muito atual e altamente necessário nos tempos que nós vivemos como católicos.

No século XVI, em 31 de outubro de 1517, um monge chamado Lutero afixou 95 teses na Catedral de Wittenberg na Alemanha, e com isso surgiu um movimento de revolta ao magistério da Igreja estabelecido como tal, uma desobediência. Nós somos católicos e não protestante (como este movimento, chamado a revolta protestante).

Acontece que por algum motivo, atualmente este contexto da sociedade que você e eu vivemos está permeada por essa mentalidade. São Paulo diz o seguinte:

“Quero lembrar-vos  o Evangelho que vos preguei e que recebestes, e no qual estais firmes. Por ele sois salvos, se o estais guardando tal qual ele vos foi pregado por mim.
De outro modo, teríeis abraçado a fé em vão.” (1 Cor 15, 1-2)

E nós celebramos hoje a festa de dois apóstolos: isso significa que a Igreja está ensinando a consistência da nossa salvação amparada na grande tradição da Igreja e no seu magistério. Mas se permeia pelos nossos meios uma mentalidade (quanto de nós já não ouvimos – e nós como padre ouvimos mais ainda): “Tal coisa é pecado?” ou “O que o senhor acha de tal coisa?”

Algumas vezes nós dizemos de uma maneira até de um pouquinho dura (mas é verdade): “a opinião do padre não importa”, porque o padre fala sempre em nome da Igreja Católica – é para isso que somos ordenados: para falar em nome da Igreja. Para anunciar não a minha opinião, não o que eu acho sobre a fé, não o que eu acho sobre o mundo, mas o que Deus revelou, o magistério guarda e assim os bispos aprenderam na tradição dos apóstolos, assim a Igreja guarda, interpreta e divide.

Só que hoje com essa mentalidade vinda dessa concepção protestante, nós estamos fechados no subjetivismo: é ‘o que eu acho da Igreja Católica…’, ‘como eu acho que ela deveria ser…’. E nós fazemos uma porção de críticas de como o magistério deveria ser, a doutrina da igreja e como a igreja age.

Baita arrogância! Super arrogância!
Se Deus nos chama para um caminho de humildade e obediência, de docilidade aos nossos pastores – começando lá em São Pedro e os Apóstolos, isso vem passando por tradição: nós devemos ser dóceis àquilo que a Igreja nos diz. À Igreja de dois mil anos.
Deus me livre de anunciar a vocês uma igreja que “eu acho que deve ser”. Deus nos livre disso.
Vai dar errado com certeza! A Igreja não é minha, a doutrina da Igreja não é minha e não é pela minha palavra que vocês serão salvos: é pela Palavra de Deus que a gente guarda e divide.

Vamos pedir para Nossa Senhora nesse dia – e também a São Filipe e São Thiago – que nós nos mantenhamos com fé e firmes na Igreja Católica: a nossa tábua de salvação, o nosso redil – ouvimos no Evangelho desse final de semana: o redil onde nós nos manteremos fortes.

Irmãos, é tempo permanecermos firmes e unidos no redil de Cristo, o bom Pastor.
Assim seja.

Padre Juniar Padilha
vigário da Catedral Metropolitana de Londrina

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LITURGIA 03.05.2023
Festa dos Santos Filipe e Tiago Menor
Primeira Leitura: 1 Coríntios 15,1-8
Salmo Responsorial: 18(19)
Evangelho: João 14,6-14

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