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A CONTRIÇÃO

A CONTRIÇÃO

         Nesse capitulo, vamos entender melhor o que é a contrição, tão necessária para recebermos o sacramento da Penitência.

         A contrição é a dor verdadeira de ter se afastado de Nosso Senhor por meio do pecado. Sem essa dor, a confissão torna-se indigna e inválida. Deus não perdoa os pecados sem uma autêntica contrição.

         O Catecismo da Igreja Católica nos ensina que há dois tipos de contrição: a perfeita e a imperfeita. A perfeita consiste numa dor da alma e na detestação do pecado cometido com a resolução de não mais pecar no futuro (CIC, 1451). A imperfeita ou “atrição” também é um dom de Deus, um impulso do Espírito Santo. Porém nasce do peso do pecado ou do temor de ser condenado ao inferno (CIC, 1453). É uma contrição por temor e não por amor.

         Os teólogos enumeram quatro condições para que a contrição seja verdadeira:

  • A contrição precisa ser interior: a dor por ter negado a Deus não deve residir nas emoções. A contrição é um ato de vontade e não precisa ter nenhuma manifestação exterior. Quando nos propomos a evitar tudo que possa ofender nosso Amado, já estamos tendo uma contrição legítima.
  • A contrição precisa ser sobrenatural: a contrição precisa surgir de razões sobrenaturais. Por exemplo: Deus nos disse que pecar gravemente nos afastará dEle e, consequentemente, perderemos o céu. Essa é uma verdade de fé. E quando a contrição se baseia em uma verdade de fé, ela torna-se sobrenatural.
  • A contrição precisa ser suprema: devemos encarar o mal provocado como sendo o maior mal que há no mundo. É estar disposta (o) a enfrentar qualquer coisa a ter que ofender a Deus.
  • A contrição precisa ser universal: é necessário se arrepender de todos os pecados mortais cometidos. Um único pecado é capaz de nos separar da graça e do amor de Deus. Sem a dor universal por todos os pecados mortais cometidos, não é possível o perdão.

         Sem dor verdadeira e sem o propósito de não pecar mais, não é possível haver contrição autêntica.

         No caso dos pecados veniais, mesmo que ainda estejamos apegados a eles, nossa confissão é válida, pois são pecados em matéria leve que não nos afastam de Deus. Entretanto, como bem sabemos, os pecados veniais são as raízes dos pecados mortais, e estar apegado a algum pecado venial, pode ser o caminho para pecar gravemente.

               

Vamos agradecer a Deus pelo Sacramento da Penitência

         Jesus nos deixou esse precioso sacramento, pois sabia que precisaríamos dele para alcançar o céu. Mas infelizmente, muitos católicos, não acreditam na confissão. Muitos desses questionam: “como que um homem, pecador como eu, tem o poder de perdoar pecados?”; “eu me confesso diretamente com Deus, para que Padre?” E pensam assim justamente por não terem formação doutrinal.

         Os sacramentos, incluindo a confissão, devem ser realizados de acordo com o que Deus quer e não como queremos. Se Deus determinou que para obter o perdão dos pecados a pessoa deveria se confessar com um sacerdote, assim deverá ser. Nós não temos o poder de escolher ou mudar como deve ser a Confissão e nenhum outro sacramento.

         Jesus quando instituiu o sacramento da Penitência quis que houvesse a acusação dos pecados para a obtenção do perdão. Então é importante que a pessoa reconheça suas misérias e debilidades, se arrependa do que fez e de ter negado o amor de Deus e peça perdão à Nosso Senhor. Essa parte ajuda a pessoa se ver como criatura e que precisa da graça de Deus constantemente.

         Uma parte muito importante do sacramento da Penitência é o conselho que o sacerdote dá para o penitente. São conselhos específicos para nossas necessidades espirituais. O sacerdote é um perito que investiga nossa alma e nos ajuda a curar as feridas provocadas pelo pecado. Além disso, ele nos auxilia a conservar a saúde espiritual e nos instrui no caminho da santidade.

 

O que dizer na Confissão?

         O penitente deve fazer o exame de consciência com muita cautela e a luz do Espírito Santo. No exame de consciência, devem ser identificados todos os pecados graves cometidos após o Batismo. Pecados duvidosos não há obrigação de serem confessados, mas é prudente mencionar para mantermos a nossa paz interior.

         Ao confessar os pecados mortais, recomenda-se dizer o numero de vezes que cometeu e qual foi a espécie. Por exemplo: não se deve dizer “pequei contra o sétimo mandamento”. É importante dizer se foi roubo, fraude, danos à reputação alheia, etc. Não precisa dizer os pormenores de cada falta cometida, mas a espécie não pode faltar.

         Confesse também os pecados veniais. Eles são as raízes dos pecados graves e por isso devem ser removidos. Confessá-los demonstra que temos um profundo amor a Nosso Senhor e que queremos ter uma alma delicada e pronta para firmar a união com Ele na eternidade. Ah, e você pode pedir conselhos para sua vida espiritual ao sacerdote. Aproveite essa graça.

         E, por fim, é necessário ir à confissão com uma profunda humildade de coração e sinceridade. Somente um coração sincero e humilde consegue receber as graças de Deus.

 

         Aproveite esse tempo da Quaresma e faça seu exame de consciência. Busque o sacramento da Penitência sempre que necessitar. Deus te espera todos os dias no Sacrário e na Confissão.

 

Andressa Pelaquim

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