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Batismo

Batismo

             O Catecismo da Igreja diz que “o santo Batismo é o fundamento de toda a vida cristã, a porta da vida no Espírito…”(n.1213).

            O Batismo é o primeiro sacramento que recebemos ao chegar a este mundo. Nascemos com todas as faculdades humanas, mas a alma encontra-se sobrenaturalmente morta.

            Deus quando criou Adão, concedeu a ele a vida natural (humana) e a vida sobrenatural. Sem a vida sobrenatural, Adão não poderia estabelecer sua união com Deus para sempre. Ao morrer fisicamente, iria viver em um estado de felicidade natural. Mas Deus amando muito a Sua criatura, quis que ele e toda sua descendência participassem dessa felicidade divina. Para tanto, deu a Adão a graça santificante, que também seria passada para todos os seus descendentes.

            Mas Deus pediu apenas uma coisa a Adão: amar a Deus = obedecer. Porém Adão deixou-se levar pela soberba de ‘querer ser como Deus’. Recusou-se a amar a Deus, pecou e perdeu o paraíso. Como Adão era o gênero humano, todos os homens estavam presentes nele. Portanto, quando ele perdeu a graça santificante, todos os seus descendentes também perderam. Por isso que dizemos que todos os homens nascem em estado de pecado original. Esse estado não é uma mancha na alma. É uma escuridão onde deveria haver luz, a Luz de Deus.

            Para devolver essa luz à alma das crianças, Jesus instituiu o sacramento do Batismo. É um sacramento que repara individualmente cada alma do pecado original que Ele nos obteve na Cruz. Mas Deus não nos obriga a receber o dom da vida sobrenatural.

            Quando um bebê nasce em uma família católica, logo é batizado. Não há uma aceitação expressa do bebê, pois não tem condições para isso. Mas os pais e padrinhos aceitam a vida sobrenatural e Deus presume essa aceitação por parte daquela alma.

            Ao receber pela primeira vez a graça santificante, a alma do bebê se enche de luz. O pecado original é perdoado e também os pecados atuais, bem como as penas; imprime caráter cristão; faz-nos filhos de Deus; tornamos-nos membro da Igreja e herdeiros do Céu, além de nos habilitar a receber os demais sacramentos (Trese, 2021). Há pessoas que se batizam quando já são adultos. O Batismo perdoa o pecado original e também os pecados mortais e veniais que o batizado tenha cometido, se estiver arrependido. Além disso, apaga toda a pena devida por eles. É o inicio de uma nova vida ao lado de Deus.

            Após o Batismo, se a pessoa pecar mortalmente, esta deve recorrer ao sacramento da Penitência para reestabelecer a graça perdida.

                       

O Batismo de desejo

            Quando alguém está em processo de conversão, mas ainda não completou o estudo da doutrina católica para receber o sacramento, ele pode fazer um ato perfeito de amor a Deus. Nesse momento, todos os seus pecados, inclusive o pecado original são perdoados. Mas essa pessoa ainda não pode receber os demais sacramentos e não faz parte do Corpo Místico de Cristo, pois se faz necessário receber o Batismo para que tenha o caráter de sacramento.

 

Quando batizar?

            A Igreja recomenda que o Batismo ocorra o quanto antes após o nascimento. O Código de Direito Canônico (cân. 867) diz que “os pais têm obrigação de batizar os filhos nas primeiras semanas de vida”. Faz essa recomendação, pois é um dogma de fé que quem morre em estado de pecado original não pode entrar no céu, não pode ter a visão beatífica de Deus (Trese, 2021). O que acontece com as almas das crianças sem o Batismo, nem a Igreja sabe. Confia-se essas almas a misericórdia de Deus, que provavelmente deve ter previsto algo para elas, mas não nos revelou. Os pais que demoram ou deixam de batizar seus filhos sem justificativa peca gravemente.

            Os filhos nascidos fora do casamento religioso podem e devem ser batizados. A Igreja não penaliza a criança pelos pecados dos pais, mas exige as provas de que essa criança será educada na fé. Recomenda-se que esses pais regularizem sua situação perante a Igreja e perante Deus, para que essa criança não cresça longe da fé. Se não for possível, que os pais tenham o propósito de frequentar a Santa Missa aos domingos e demais dias de preceitos.

 

Os padrinhos de Batismo

            A escolha dos padrinhos pelos pais significa que, se caso estes vieram a faltar, essa criança terá alguém que cuidará dela e a educará na fé. Todos os pais ao escolherem os padrinhos de seus filhos deveriam pensar assim.

            A missão dos padrinhos é rezar por seus afilhados e dando bom exemplo de vida cristã. Caso aconteça algo aos pais, cabe aos padrinhos a responsabilidade de cuidar da vida espiritual do afilhado (a). Dessa forma, a primeira condição para escolher bem os padrinhos é que sejam bons católicos. Um não católico não pode ser nomeado padrinho. A Igreja permite que um não católico seja testemunha do batismo, ao lado do padrinho católico.

            O Batismo pode ser realizado pelo sacerdote ou diácono. Mas em casos urgentes, na qual não há como ter um sacerdote, podemos administrar esse sacramento. Jesus deixou as portas abertas desse sacramento em casos urgentes. Um não católico ou ateu pode batizar desde que tenha a intenção de fazer o que faz a Igreja na cerimônia e siga corretamente o ritual prescrito.

 

Como batizar em situações urgentes?

            Basta derramar água na fronte do batizado e, ao mesmo tempo, dizer em voz alta ‘ Eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo’.

            Se após o batismo privado a criança sobreviver, faz-se necessário comunicar ao pároco a data e quem administrou o batismo, para que seja inscrita no registro batismal. O restante da cerimônia do Batismo deve ser combinado com o sacerdote.

            Os adultos, em casos de urgência e na impossibilidade de ter a presença de um sacerdote ou diácono, também podem receber o Batismo, se assim o desejar, no leito de morte. Se não estiver mais consciente pode-se administrar o sacramento, se souber que a pessoa não foi batizada.

            Que sacramento maravilhoso! É o reflexo do amor infinito que Deus tem por cada um de nós.

 

            No próximo artigo, conheceremos o sacramento da Confirmação.

            Até lá!

Andressa Pelaquim

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