Você já deve ter se perguntado sobre quem é Deus ou quem fez Deus? Essas perguntas são muito comuns no imaginário das crianças, mas será que nós adultos, realmente sabemos quem é Deus?
O capitulo II do livro A Fé explicada nos ensina que ninguém criou Deus. “Deus existe por natureza própria, sempre existiu e sempre existirá”.
Primeiro precisamos entender que no mundo há duas espécies de substâncias: as físicas e as espirituais. A substância física é formada por partes, como por exemplo, a água, o ar, etc. Já a espiritual não se divide; é uma substância simples. Há três espécies de substancias espirituais: Deus, que é espírito – infinitamente perfeito -, os anjos e a alma humana.
A nossa alma está unida ao corpo físico, mas devemos entender que ela não apresenta uma dependência absoluta do corpo. Nosso corpo é mortal, mas nossa alma é imortal. Após a morte, a alma “continua a conhecer, a querer e a amar”, só que de forma infinitamente livre. Isso demonstra o grande amor que Deus tem por cada um de nós.
Deus não é limitado em nenhum sentido. Tudo em Deus é perfeito e ilimitado. Dessa forma, podemos dizer que Deus não é bom, Ele é a Bondade. Deus não é sábio, mas é a própria Sabedoria. Não há limites para sua bondade e sabedoria. Mas se Deus é infinitamente bom, porque estamos sofrendo com a pandemia? Por que passamos dificuldades no nosso trabalho, na vida familiar?
Todo o mal que há no mundo não é culpa de Deus. Os males do mundo são causados pelos nossos pecados, por nossa infidelidade a Deus. Deus nos ama infinitamente e quer Ser amado por nós. Mas, Ele quer que O amemos de forma livre. Por isso, nos concedeu o livre-arbítrio. A cada pecado venial cometido, o nosso amor a Deus diminui. E o pecado grave ou mortal nos afasta do amor infinito do nosso Pai. Somos os únicos responsáveis por tudo que acontece conosco e com os demais. O mal não vem de Deus, ele nasce em nós. E Deus sabe disso.
Deus é infinitamente sábio, pois foi ele Quem nos criou e deu origem a tudo que há no mundo. Sendo o criador, Ele sabe perfeitamente como usar todas as coisas e qual é o melhor para nós. Somos limitados, e quando reconhecemos nossa pequenez, permitimos que Deus molde o nosso coração e nos instrua em nossa caminhada. Além disso, não devemos esquecer que Deus é infinitamente misericordioso – nos perdoa inúmeras vezes ao longo da nossa vida, dos pecados mais leves, aos mais horríveis.
Como diz São Paulo na primeira carta aos Coríntios 13:4 – “O amor é paciente, o amor é bondoso”. Deus é esse Amor. E fomos criados para amá-Lo. É para isso que existimos.
Abaixo, sugiro quatro perguntas para nos ajudar a fazer oração com Deus.
- Quem é Deus na minha vida?
- Tenho a dimensão do amor que Deus tem por mim?
- De que maneira estou correspondendo a esse amor?
- Se meu amor a Deus ainda é pequeno, como posso melhorar?
Andressa Pelaquim
(Paroquiana da Catedral)