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O MATRIMÔNIO

O MATRIMÔNIO

            O sacramento do matrimônio foi feito por Deus. É uma vocação cristã.

            Deus criador da humanidade e do amor viu que o homem precisava ter uma companheira – “Não é bom que o homem esteja só.” (Gn 2, 18 ). Dessa forma, a união matrimonial é um desígnio divino, para que o homem e a mulher se apoiem um no outro e cresçam juntos na vida espiritual.

            Ao casarem-se, os esposos assumem a missão de levar um ao outro para o céu, bem como os frutos desse amor, os filhos. A santidade é para todos e em todos os estados de vida. Ao contrario do celibato, em que não há um intermediário entre o homem e Deus para a busca do amor e da santidade, no matrimonio essa busca passa pelo cônjuge. Ou seja, quanto mais a esposa ama seu esposo, mais ela ama a Deus, e vice-versa. Dessa forma, vemos que Deus não instituiu o casamento exclusivamente para povoar a terra, mas para chegarmos ao céu.

            O matrimonio é um sacramento indissolúvel e que estabelece uma união santa entre o homem e a mulher. O sacramento confere aos esposos graças para se amarem santamente e para educarem, no amor e na fé, os filhos que Deus lhes conceder. Mesmo que os esposos decidam, em algum momento da vida se separarem civilmente, perante Deus eles serão marido e mulher até a morte de um deles. Mas, infelizmente, o que vemos com muita frequência são casamentos se desfazendo todos os dias. Uma das principais razões é a perda da sacralidade do sexo.

            A santidade do sexo foi esquecida pelos cristãos. O sexo converteu-se em um brinquedo/momento excitante de prazer, que culmina ao uso do corpo do outro. Ele deixou de ser um instrumento de Deus e se transformou em algo banal. O corpo humano, que é o templo do Espírito Santo, transformou-se em objeto de uso e de prazer, para satisfazer os instintos mais baixos de outrem, assim como ocorre com os animais. Como consequência, a infidelidade conjugal, a prostituição e as uniões casuais tomaram conta da sociedade.

            Outra consequência dessa dessacralização do sexo é que muitos casais não buscam receber o sacramento do matrimônio. “Se casam”, mas na verdade não são casados, vivem em adultério. Os motivos: muitos não veem o sacramento como algo importante. “Para que casar se podemos viver juntos?” “Já moramos juntos há tanto tempo, para que casar?” Isso demonstra como a fé católica é incipiente em muitos cristãos. Dizemos que somos católicos e amamos a Deus, mas não vivemos em Deus. Só procuramos e lembramos-nos de Deus quando estamos em apuros. Falta-nos Amor!

            A criação dos filhos também é afetada pela falta de amor a Deus por parte dos pais. A igreja não nega o Batismo e nenhum dos sacramentos de iniciação cristã aos filhos de pais que não são casados perante Deus. Entretanto, o que vemos é a perpetuação da falta de amor a Deus; pais que não conseguem ensinar e fomentar a fé católica em seus filhos, e consequentemente, tornam-se adolescentes e adultos afastados da igreja e do amor de Deus. Óbvio que há exceções, mas infelizmente é o mais comum a acontecer.

 

E como é o sacramento do matrimônio?

            O sinal externo do sacramento do matrimônio é a troca de consentimentos maritais, entre um homem e uma mulher batizados (Trese, 2014). O homem e a mulher administram um no outro esse sacramento. Sendo assim, o sacerdote ou diácono não administram o matrimônio. São apenas testemunhas oficiais que representam Cristo e a Igreja. Importante ressaltar que, sem a presença do sacerdote ou diácono, não há o sacramento e nem matrimônio.

 

O Matrimônio e a graça

             Assim como os demais sacramentos, o matrimonio confere um aumento da graça santificante. Sendo assim, os esposos devem estar em estado de graça para receber o sacramento. Os esposos também recebem uma graça especial, a graça sacramental – que consiste no direito de receber de Deus todas as graças necessárias ao longo dos anos, para assim permanecerem fiéis e felizes.

            Essa graça especial também eleva o amor entre os esposos ao nível sobrenatural. Além disso, confere graças para crescer nas virtudes da prudência, generosidade, responsabilidade e discernimento. Auxilia também os esposos a se amarem, mesmo diante dos defeitos, das diferenças e os fortalece nos momentos de dificuldades.

            A Igreja de Cristo é linda. Ele pensou em tudo para que pudéssemos caminhar em direção ao céu. Não há amor maior no mundo, do que o amor de Deus por cada um (a) de nós.

            Se você vive em uma união, mas ainda não recebeu o sacramento do matrimônio, procure seu pároco. “Ah, mas não tenho dinheiro.” Isso não é desculpa. A igreja não negará um sacramento tão maravilhoso como esse, simplesmente porque você não pode pagar. Fale com seu pároco. Cristo se alegra sempre que um filho (a) sua volta para Ele.

 

            Andressa Pelaquim

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