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O segundo e o terceiro mandamentos

O segundo e o terceiro mandamentos

            O segundo mandamento do decálogo nos recorda que não devemos tomar o nome de Deus em vão. Esse mandamento nos proíbe utilizar o nome de Deus sem a devida honra, bem como o da Santíssima Virgem e de todos os santos.

            A forma como nos ferimos a alguém demonstra o que sentimos, ou seja, o que há em nosso coração. Assim, não utilizamos o nome da nossa mãe, por exemplo, de qualquer forma; não falamos dela utilizando palavras inapropriadas e desrespeitosas, pois a amamos. E com Deus, a Virgem e os santos deve ser da mesma forma. Amar a Deus significa jamais mencionar o Seu santo nome com falta de respeito e reverência ou como exclamação de ira ou impaciência.

 

Pecados contra o segundo mandamento

            O pecado que mais comum é a falta de respeito: usar o nome de Deus para demonstrar os nossos sentimentos. Ex: “Pelo amor de “Deus”; Minha Nossa Senhora”; “Jesus, tenha misericórdia”. Quem nunca fez isso, atire a primeira pedra. Todos os dias nós ouvimos ou dizemos essas frases.

            Esse tipo de irreverência configura um pecado venial, pois não há a intenção de desrespeitar ou desonrar nosso Senhor. Mas se há essa intenção, torna-se pecado mortal.

            Muitas pessoas acham que “jurar” é essa falta de respeito. Entretanto, “jurar” é tomar o nome de Deus como testemunha da verdade do que se diz ou promete (Trese, 2014). O segundo mandamento também nos instrui a não jurar em falso. Jurar por Deus é invocar a veracidade divina como garantia da verdade do que fizemos ou falamos. Esse ato compromete seriamente o nome de Deus.

            O ato de jurar não se configura como pecado, quando é reverente, ou seja, um culto de amor a Deus. Mas há três condições para que ele seja um culto a Deus:

  • Dever ser feito por uma razão suficiente, pois não devemos invocar o nome de Deus frivolamente.
  • Deve ser dita a verdade estrita, tal como conhecemos. Jamais se deve invocar a Deus como testemunha de uma mentira. Configura-se um pecado grave denominado de perjúrio.
  • Deve ser um juramento promissório (para alguém no futuro): o que estamos prometendo deve ser bom, útil e possível.

            A anulação de um juramento pode ocorrer de várias formas, dependendo a circunstâncias na qual esse juramento foi feito. Mas pode ser anulado pela pessoa a qual você jurou algo, ou pelo confessor, por exemplo.  

            Há também o voto, que é uma promessa feita a Deus. O voto pode ser público ou privado. Ele é público quando é feito diante de uma autoridade da igreja. Ex: ordenação sacerdotal ou consagração dos religiosos e das religiosas. Já o voto privado é feito pela pessoa, como no caso de uma moça ou rapaz fazer um voto de castidade de forma particular, sem pertencer a uma ordem religiosa. A igreja recomenda jamais fazer voto privado de forma leviana, sem o consentimento do confessor, pois dependendo da intenção ao fazê-lo, pode configurar um pecado mortal sua desistência. 

            Outro pecado cometido contra o segundo mandamento é amaldiçoar pessoas. Jamais se deve pedir a Deus a condenação de uma alma que Ele criou. Por mais pecadora que uma alma seja, Deus espera ansiosamente pela conversão de todos e continua amando infinitamente os pecadores. Nossa missão é rezar por essas almas, independente de qualquer sentimento humano. Quando desejamos o mal a alguém, pecamos contra a caridade. Desejar algo grave para alguém é um pecado grave. É pecado venial apenas quando é feito de forma não premeditada. Por isso que é tão importante formamos nossa consciência para tudo o que é reto e bom para todas as almas. Somos os pastores designados pelo Senhor para  ajudá-Lo a zelar pelas almas aqui na terra.

            E há também o pecado da blasfêmia. A blasfêmia pode ser cometida quando duvidamos de Deus ou questionamos Deus. Ex: “Se Deus me amasse, eu não estaria passado por isso.” Pode ocorrer por frivolidade: “Este é mais esperto que Deus.” Ou ainda, uma pessoa não querer se confessar, pois acredita que Deus jamais vai perdoá-la. Mas também pode ocorrer por um ato anti-religioso ou até de ódio a Deus. Nesse caso, há também incluso os pecados de heresia e infidelidade. A blasfêmia é um pecado mortal, pois é um ato grave de desonra a Deus.

 

Pecados contra o terceiro Mandamento

            O terceiro mandamento nos instrui a guardar os domingos e as festas.  Mas o que isso significa?

            O domingo é o dia do Senhor. O domingo foi escolhido por ser duplamente santo. É o dia em que Jesus venceu o pecado e a morte, nos dando o céu. Além disso, foi em um domingo que Jesus nos enviou o Espírito Santo, e nasceu a igreja.

            Esse mandamento nos obriga a participar da Santa Missa todo domingo e dias festivos. Não ir ao santo Sacrifício da Missa nesses dias configura pecado grave. Cumpre o preceito quem participa da Santa Missa, em rito católico, na tarde antecedente ou no dia festivo. Todos têm 24h diárias; 168h por semana, e não tem 1h para dedicar a Deus? Deus deve sempre ocupar o primeiro lugar, pois é Ele quem nos sustenta para cuidar da família, para trabalhar e etc.

            Assistir a missa pela televisão ou fora da igreja, tendo lugar dentro, não cumpre o preceito. Apenas pessoas impossibilitadas de ir à igreja por questões de saúde, estão dispensadas da missa presencial. 

            E durante a missa, devemos estar ali por inteiro. Ir a missa com o objetivo de dormir ou não prestar a atenção nas partes configura-se pecado mortal. A distração involuntária é um pecado venial.

Orientações para viver bem a Santa Missa

            A missa é um culto de amor a Deus. Nela vivemos todo o sacrifício de Cristo e recebemos o Seu Corpo e Sangue. Não há melhor maneira de honrar a Deus. Mas devemos assistir a missa inteira. Deve-se chegar com 15 ou 30 minutos de antecedência. Atrasos podem ocorrer por diversas circunstâncias, mas quando ocorrem sempre, é bom rever. A missa tem todo um porque de ser daquele jeito. A organização da leitura, o Evangelho, a Eucaristia e a benção final. Por isso, não se deve perder nenhuma parte. A saída deve acontecer após o sacerdote dar a benção final e deixar o altar, nunca antes. Exceto em casos no qual houver um prolongamento da missa e a pessoa precisar sair para não chegar atrasada ao trabalho, por exemplo. Chegar atrasado ou sair antes de terminar a missa configura-se pecado venial.

            Vale lembrar aqui também que devemos ir a Santa Missa com vestimenta adequada. Não se deve comparecer ao Sacrifício da Missa com roupas curtas e decotadas, chinelo, bermudas, além de blusas, camisas e vestidos sem mangas. Pense que quando vamos a uma reunião ou vamos encontrar alguém importante, nos arrumamos adequadamente para a ocasião. E para a missa é a mesma coisa; estamos indo encontrar Jesus, autoridade máxima da nossa vida.

            Quanto ao comportamento, não se deve ficar conversando com a vizinha, com os amigos, atender celular, gritar ou causar escândalo dentro do templo santo de Deus. A Igreja é um lugar para a oração. Devemos manter o silêncio a partir do momento em que entramos na igreja. Se o sacrário estiver no centro do altar, ao entrar, deve-se fazer uma genuflexão: o joelho direito deve ir até o chão. É um cumprimento que deve ser feito ao Nosso Senhor sempre que passar pelo sacrário. Mas se não, deve-se apenas fazer uma reverência, inclinando o corpo e a cabeça.

 

            Vamos buscar viver melhor a Santa Missa. Se puder, frequente a missa diária. Mas se não for possível, não deixe de participar da missa dominical. Pais levem os filhos desde pequenos à Missa. Ensinem o que é a santa Missa e coloquem no coração deles o amor a ela. Recebemos muitas graças de Deus para nossa semana.

           

    Até o próximo artigo!

 

Andressa Pelaquim

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